O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, durante cerimônia de balanço dos oito anos de governo nesta quarta (15) no Palácio do Planalto, que a única coisa impossível "é Deus pecar". Ele se referia à capacidade de realização do governo. Participaram da cerimônia ministros dos dois mandatos de Lula. O balanço será registrado em cartório.
"A única coisa impossível é Deus pecar. O resto, tudo pode acontecer", disse. Ele afirmou que vai entregar o balanço do governo para imprensa, para "eles perceberem o quanto perderam de cobrir coisa boa do governo".
Segundo o presidente, os jornalistas costumam retratar aspectos negativos do governo porque " construir tem menos apelo que destruir."
"A imprensa vai receber isso aqui. Quero que todo mundo receba para eles perceberem o quanto eles perderam de cobrir coisa boa do governo. [...] Não é no Brasil é no mundo inteiro. Em qualquer país do mundo a imprensa ela cobre o que tem mais apelo à sociedade e, às vezes, o construir tem menos apelo que o destruir."
O presidente afirmou que seu governo "transformou o combate à fome em uma causa nacional" e hoje, de acordo com Lula, "o povo está comendo a toda hora, que nem pintinho de granja".
Ele mencionou a preparação para a Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas 2016 e afirmou que, se "depender" da presidente eleita, Dilma Rousseff, e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, mantido no ministério no futuro governo, o Brasil será a quinta economia do mundo em 2016.
"O Brasil mudou. Somos a nação do pré-sal. O país do Sul que, ao contrário das nações da Europa e America do Norte, foi o último a sair da crise. Somos a nação da Copa do Mundo de 2014, das Olimpíadas em 2016", afirmou.
No discurso, Lula negou que tenha influenciado na escolha do ministério de Dilma. Segundo ele, a presidente eleita manteve alguns ministros do atual governo porque ela conhece e confia no trabalho deles.
"A Dilma se reuniu com eles [ministros] pelo menos cem vezes mais do que eu. Ela é muito mais companheira deles do que eu. A Dilma escolheu quem ela conhece, quem ela quis escolher porque somente ela, que pode tirar, é que pode escolher quem vai governar com ela", disse.
Ao final da fala, Lula destacou o vice-presidente José Alencar, ausente porque está internado em um hospital de São Paulo. "Duvido que qualquer governante no mundo tenha um vice igual ao que eu tive. Pode ter igual, melhor não", afirmou.
"Nós provamos que um grande empresário [Alencar] e um mero sindicalista se juntaram e fizeram pelo Brasil o que outros pensaram em fazer e não fizeram", declarou.
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